O Marketing de Influência no futuro disruptivo dos Alphas

2 min - 29 nov 2024

Conhecidos como a ‘geração de nativos digitais’, a Geração Alpha, nascida a partir de 2010, se caracteriza por uma facilidade natural para se conectar com conteúdos digitais. E o potencial para as marcas não é pequeno: segundo o report “O Fenômeno Alfa”, criado pela WGSN Mindset, essa será a maior geração da humanidade em 2025, com 2,5 bilhões de Alfas em todo o mundo, e no Brasil, eles representam 17% da população total. Apesar disso, apenas 11% das marcas consideram este target como muito importante nas suas estratégias.

Nesse sentido, o O marketing de influência no mundo digital tornou-se um diamante para as marcas que criam seus próprios influencers ou estreitam parcerias para alavancarem seus negócios.  Plataformas de mídia social e influenciadores digitais desempenham um papel central nas decisões de compra e relacionamento com essas geração: Ao contrário das gerações anteriores, a Geração Alpha não apenas consome conteúdo, mas cria uma relação quase emocional com ele, muitas vezes de maneira mais intensa. Como colocado pelo Consumidor Moderno, a exposição constante a influenciadores digitais e mídias sociais moldam suas preferências de consumo, os fazendo valorizar, mais do que as demais gerações, a personalização e as experiências imersivas oferecidas pela tecnologia.

Nesse cenário, possuem uma facilidade extraordinária para estabelecer conexões muito mais profundas com esse tipo de conteúdo. E essa naturalidade é bem diferente das gerações anteriores, como Millennials e até da Geração Z, para quem não é tão simples se relacionar com esse universo. E se as marcas querem se conectar com essa nova geração, que muito em breve estará no mercado de consumo, precisam entender como esse universo funciona.

Alice de 5 anos, é a própria representação de como essa nova geração é influenciada pelas telas e pelos que estão nela, os influencers. Ana Castela, artista com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais,  é muito popular com o público infantil, apelidado por ela de ‘mini-boiadeiros’. A artista conquistou o coração dos mais novos, e hoje é referência pra muitos sobre ‘o eu do futuro’:

Foto: Arquivo Pessoal

Quando perguntada porquê quer ser boiadeira e a influência da artista, Alice não mede esforços:

“Porque ela canta na nossa TV e quando eu crescer eu quero ser a Ana Castela. Quero andar de cavalo e quando ligar a TV vou cantar uma música.”

A fama e a sintonia com o público justificam o crescimento exponencial do termo ‘boiadeira’ nos últimos anos, com mais de 1000% de aumento nas buscas pelo termo.

Fonte: Google Trends, ‘Boiadeira’ últimos 5 anos. 2019-2024

Nascidos no ‘touch’

Se a geração Z já era aclamada por ter sua vivência pro detrás das telas, a geração alfa não medirá esforços para dizer que será imersa e crescida dentro do mundo da tecnologia e inteligência artificial. Segundo o levantamento da WGSN essa nova geração demanda um ‘mundo de relações’, entre o real e virtual, conhecido como figital. O conceito reflete na maneira como eles experimentam o mundo: é como se a tecnologia estivesse sempre ali, presente e conectando tudo ao seu redor, sem que precise ser uma escolha entre físico ou digital.

Ainda segundo o relatório, essa influência precoce é em cadeia, evido ao contato prematuro com marcas, segundo o Instituto Locomotiva, 88% dos pais já são influenciados pelos seus filhos em compras no shopping ou supermercado e por isso, é essencial observar e compreender o que vem moldando seus interesses.

 

Foto: Relatório WGSN – Gerações do futuro: os Betas, 2023

 

Então, como as marcas podem conquistar os Alphas?

O primeiro passo é investir em tecnologia e inovação. A criação de experiências digitais imersivas, usando realidade aumentada, inteligência artificial e assistentes virtuais, torna a jornada de compra muito mais envolvente. Além disso, personalizar produtos e serviços, oferecendo algo único, é uma maneira poderosa de construir um vínculo forte com esses consumidores.

As marcas também precisam se preocupar com storytelling autêntico. Contar histórias que reflitam os valores da Geração Alpha – como causas sociais e ambientais – cria uma conexão genuína e emocional. Mostrar que a marca realmente se importa com as questões que importam para eles pode ser a chave para fidelizá-los.

E, claro, as marcas devem ter uma presença constante nas plataformas digitais onde os Alphas estão, como TikTok, Instagram, YouTube e até em plataformas de jogos. O conteúdo precisa ser visual, interativo e criativo, adequado a cada formato de mídia. Parcerias com influenciadores digitais também são fundamentais, já que eles têm a capacidade de engajar e criar uma conversa autêntica com esse público jovem.

A Geração Alpha é exigente, mas também cheia de potencial. Ao se conectarem com as tecnologias, valores e plataformas certas, as marcas podem criar uma relação duradoura com essa geração, que será, sem dúvida, a maior consumidora do futuro.

 

Fontes:

WGSN – Gerações do futuro: os Betas, 2023

Consumidor Moderno, Geração Alpha: o que esperar dos filhos dos Millennials?, 2024

Meio & Mensagem, O potencial da geração Alfa para o mercado anunciante, 2023

Google Trends


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